Tekoha-ritual de vida e morte do deus pequeno

Grupo / CIA: Grupo Teatro Imaginário Maracangalha

Duração: 45 minutos

Linguagem: Teatro

Estado de Origem: Mato Grosso do Sul

Sinopse:
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrado aos Guarani.

Ficha Técnica

Direção: Fernando Cruz
Dramaturgia: Fernando Cruz e atuadores
Atuadores: Fran Corona, Moreno Mourão, Paulo Augusto, Fernando Cruz e Ariela Barreto
Pesquisa: Patrícia Rodrigues
Alegoria: Lício Castro
Cenografia: Zéduardo Calegari Paulino
Figurino: Ramona Rodrigues
Preparação corpo em cena: Breno Moroni
Produtora : Ana Capilé
Contra regra : Rodrigo Nantes
Foto: Danilo Vieira – FIT Rio Preto 2017
Designer gráfico: Maira Espíndola
Assessoria de Imprensa: Carol Alencar Cozzati
Duração 50 min. /Classificação livre

Nome e histórico do grupo:

O Grupo Teatro Imaginário Maracangalha atua desde 2006 em Campo Grande/MS. Por opção estética trabalha a pesquisa em teatro de rua e espaços não convencionais para encenação numa perspectiva crítica e provocadora, com isso amplia o conceito de acesso as artes cênicas, circulando por ambientes que independem da caixa cênica tradicional para compartilhar conteúdo e arte. O formato 360º e os cortejos são marcas tradicionais do TIM.
O grupo estreou com a peça “Amar é…” pesquisando o universo do clown, abordando amor e diferenças entre uma palhaça cega e um palhaço mágico, o grupo recorre a referências de Charles Chaplin e a gagues tradicionais do circo.
Do repertório consta também a peça cômica “O último beijo”, uma adaptação de foto e rádio novela encenada a partir das fotonovelas produzidas na Revista Grande Hotel da década de 60.
Desde 2009 circula com a peça de rua “O conto da Cantuária”, texto medieval de Geofrey Chaucer em Contos de Canterbury (1340) que aborda o comércio das religiões, para tanto utiliza-se da pesquisa no teatro de bufões e cantigas religiosas. A peça de rua “Conto da Cantuária” foi premiada no 30º Festival Sul-mato-grossense de Teatro da FESMAT (Federação Sul-Mato-Grossense de Teatro) em 2011 nas seguintes categorias:
Melhor Ator – Fernando Cruz, melhor Atriz – Telma Cordeiro, melhor ator coadjuvante Isac Zampieri e melhor atriz coadjuvante – Aniela Paes.
No mesmo Festival, a peça “Tekoha – ritual de vida e morte do Deus Pequeno” – Melhor Espetáculo, Direção, Dramaturgia, Figurino e Sonoplastia na categoria rua.
Em cortejo apresenta marchinhas de carnaval, sátiras políticas além de temas diversos e poesias do poeta corumbaense Lobivar Matos que foi objeto de pesquisa para espetáculo de rua Areôtorare sobre a obra e vida deste grande poeta brasileiro e Sul-mato-grossense.
Em 2010 o TIM estreou o espetáculo de rua “Tekoha – ritual de vida e morte do Deus Pequeno”, sobre a vida do líder indígena Guarani Marçal de Souza contemplado com Prêmio FUNARTE Artes Cênicas nas Ruas 2010.
Ao longo destes anos, a trupe participa ativamente de vários festivais, circuitos e mostras com espetáculos, performances, cortejos e oficinas. O grupo faz parte da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR) discutindo estéticas e políticas públicas para arte pública em espaços abertos.
Periodicamente realiza o Sarobá sarau/festa e o Seminário Arena Aberta, que reúne artistas de várias linguagens e a comunidade, sistematizando e produzindo arte e conhecimento sobre as estéticas para rua e ocupação dos espaços públicos abertos.
E anualmente realiza a Temporada do Chapéu, um festival nacional de teatro de rua, intervenção e performance a céu aberto. Além de comemorar o aniversário do grupo com uma mostra, na qual, apresenta todo seu repertório pela cidade de Campo Grande-MS.
Em 2012 o grupo passa a ter uma sede própria, além de manter a oficina “Teatro de Rua – Atos do Ofício” pesquisando nesta, uma metodologia própria para ocupação da rua numa perspectiva transgressora e uma estética própria, realizando semanalmente intervenções pelas ruas da cidade.
A trupe é dirigida por Fernando Cruz e tem como membros Fran Corona, Moreno Mourão, Paulo Augusto, Pepa Quadrini, Ariela Barreto e Rodrigo Nantes. Com produção de Ana Capilé e Fabíola Marques.
Em 2013 o grupo estreia o espetáculo “Areôtorare – verbo negro e bororo do Índio Profeta” que foi contemplado com o Prêmio Estadual de Teatro Rubens Correa em 2012 da Fundação Estadual de Cultura do MS.
Em 2015 o grupo estreia o espetáculo “Tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha” adaptação do texto de Federico Garcia Lorca, para a montagem o grupo foi contemplado com o Prêmio Estadual de Teatro Rubens Correa em 2014 da Fundação Estadual de Cultura do MS.
Em 2021 o grupo estreia o espetáculo “”Miragens do Asfalto””, projeto de pesquisa etnográfica e montagem de cenas curtas, itinerantes e performativas com base em documentação histórica e memória oral da comunidade de trabalhadores e trabalhadoras da antiga estrada de ferro Noroeste do Brasil.
Hoje o grupo circula com as intervenções “Ferro em Brasa”, “”Operário em Construção”” e “”Cabeça de Papelão”” e com os espetáculos ‘Conto da Cantuária””, “Tekoha – Ritual de vida e morte do Deus Pequeno”, “Cortejo Cenopoético Areôtorare – verbo negro e bororo do Índio Profeta”, “Tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha”, “”Miragens do Asfalto””, além do Cortejo da AnarcoBanda Performática-CAPETIM e cortejos carnavalescos, dionisíacos e políticos, fazendo da rua seu palco e seu espaço de pesquisa.